Topa/Fainor: o primeiro passo foi dado

sábado, 13 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |



Foram três semanas de muita correria, de muito trabalho, de muita preocupação, mas, acima de tudo, de grandes realizações. A equipe do Topa/Fainor se empenhou para que tudo corresse bem durante as três semanas da primeira etapa do Programa e, no fim das contas, deu tudo certo.

Como todo evento dessa magnitude, o Topa/Fainor passou por alguns momentos onde foi preciso improvisar para poder garantir aos participantes o máximo conforto e tranqüilidade. Afinal de contas, cada turma teve que passar 5 dias longe de sua cidade natal, e dar atenção a todos era o objetivo da organização do Programa.

Na primeira semana foi um corre-corre frenético. Detalhes a ajustar, material para entregar, participantes para recepcionar... e um imprevisto: dez crianças para poder cuidar. Apesar de não ser permitido, algumas mães tiveram que trazer os filhos. Para não permitir que elas perdessem a viagem, a organização do Topa/Fainor providenciou rapidamente uma creche, onde os bebês foram muito bem cuidados.

A segunda semana chegou com um imprevisto ainda mais preocupante: alguns participantes não haviam chegado devido a um desencontro de informações da empresa responsável pelo transporte das turmas. Mas a equipe do Topa/Fainor não os deixou no prejuízo: ajustou daqui, mudou horário dali, remanejou pessoal e, no fim das contas, as turmas que chegaram atrasadas puderam sem compensadas e receberam a capacitação tranquilamente.

Com a chegada da terceira semana, todo mundo já sabia os ajustes a serem feitos, mas o grande volume de participantes aumentou ainda mais o corre-corre da coordenação. A competência da equipe não deixou cair a peteca e o único imprevisto da semana aconteceu na hora do almoço, quando a grande quantidade de pessoas atrasou a distribuição do alimento. Mas a criatividade falou mais alto e, com um jeito simples, o problema foi solucionado e tudo correu tranquilamente nos dias seguintes.

Quem participou do Topa/Fainor com certeza não vai esquecer os momentos passados em Vitória da Conquista. Agora, é aguardar ansiosamente a próxima etapa, onde todos poderão se reencontrar e voltar a dividir as experiências tão ricas proporcionadas pelo Programa.

Hora de pegar a estrada

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Com o fim da terceira semana de capacitação da primeira fase do Topa/Fainor, os participantes já rumaram de volta para suas cidades de origem. O clima de saudades ficou no ar, mas a ansiedade pelas próximas etapas também.

Confira as fotos dos participantes pegando o ônibus para casa no link abaixo.

Até breve, amigos!

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Chegou ao fim a primeira etapa de capacitação do Topa/Fainor. Um clima de despedida tomou cona de todos durante o almoço desta sexta-feira, mas a certeza era de que valeu a pena, não apenas pelos conhecimentos adquiridos, mas pelas amizades e pelo carinho recebido.

Agora é não esquecer a importância deste trabalho e o que ele significa para o crescimento pessoal dos futuros alfabetizandos e para o crescimento da comunidade que vai poder abrir as portas do mundo da alfabetização.

Enquanto a próxima etapa não chega, confira algumas fotos do almoço de despedida no link abaixo:

A música de Evandro Correia

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Para brindar os participantes do Topa/Fainor com o que há de melhor na música na região de Vitória da Conquista, o cantor e compositor Evandro Correia esteve presente ao almoço de despedida da primeira etapa do Programa. Além de canções de sua própria autoria, o músico apresentou sucessos conhecidos do público, marcando ainda mais um momento tão importante para todos que estiveram no evento.

Confira no link abaixo as fotos do show de Evandro Correia na despedida da primeira etapa do Topa/Fainor.

Recadinhos e muita saudade

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Ficar longe de casa durante uma semana não é fácil. Muitos sentem saudades de casa, da rotina, da terra natal. A organização do Topa/Fainor quis amenizar essa saudade toda e criou o Pombo Correio, um painel pronto para receber recadinho de todos os participantes do Programa.

Mensagens de carinho, de saudades, brincadeiras, sugestões, críticas e até mesmo cantadas. De alguma forma, todo mundo quis participar no mural que foi um sucesso durante as três semanas de capacitação da primeira etapa do Topa/Fainor.

O painel foi instalado nos corredores da Fainor, onde aconteceu o Topa. Com certeza, nas próximas etapas, ele vai estar lá, ajudando aos participantes amenizar um pouquinho a saudade de casa.

Pequena homenagem

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A todos que estiveram presentes na primeira etapa do Topa/Fainor, uma pequena homenagem:


Topa Fainor na Telinha da TV

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008 | | 0 comentários |

Nesta sexta-feira, 12 de dezembro, o Topa Fainor foi tema de uma reportagem da TV Sudoeste, afiliada da Rede Globo em Vitória da Conquista. Confira o vídeo abaixo com a matéria na íntegra:


Em clima de despedida.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |



A terceira e última semana da primeira etapa de capacitação do Topa/Fainor está terminando. O sentimento de saudade já está dando os primeiros sinais. Mas enquanto tudo ainda é animação, vamos continuar com o clima de empolgação que fez parte desses quase 21 dias de Programa.

Confira, então, mais algumas fotos da descontração no horário de almoço.


Como definir: alfabetização e analfabetismo

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Alfabetização significa aprender e utilizar o alfabeto, levando o indivíduo a formar a gramática e suas variações. Mas é preciso atentar para um detalhe muito importante: alfabetização vai além da capacidade de se decodificar mecanicamente esses símbolos de leitura. Com ela, é necessário que nasça também a capacidade de interpretação, compreensão, crítica e produção de conhecimento.

Vale também entender a alfabetização como fenômeno que engloba o nascimento de novas formas de compreensão e utilização da linguagem de uma maneira geral. Ela também é provedora de socialização, pois permite a troca simbólica entre os indivíduos, além do acesso aos bens culturais e às ações desenvolvidas por instituições sociais. A alfabetização conduz ao exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade

Do outro lado da história, está o analfabetismo, que é o desconhecimento do alfabeto que leva à incapacidade de ler e escrever. O indivíduo analfabeto não consegue se inserir em atividades que exigem a alfabetização, ficando, assim, incapaz de atuar eficazmente em seu grupo e na sua comunidade.

Por definição, é considerada analfabeta a pessoa acima de 15 anos que não sabe ler e escrever pelo menos um recado simples. Aí estão englobados os analfabetos absolutos e os funcionais. Este problema é uma característica em comum na maioria dos países subdesenvolvidos. É grave, pois compromete o exercício pleno da cidadania e o desenvolvimento sócio-econômico do país.

O papel do alfabetizador

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Quando se é criança, a curiosidade é a mola mestra para que o indivíduo sinta vontade de aprender a ler. Quando este mesmo indivíduo cresce sem ter a chance de ser alfabetizado, precisar que alguém leia algo para ela pode, muitas vezes, se tornar constrangedor e acabar por lhe fechar inúmeras portas. Isso demonstra como é preciso tratar com bastante carinho a alfabetização de adultos.

No processo, é papel do alfabetizador utilizar a metodologia da Língua Portuguesa, orientando o aluno quanto ao uso da escrita e da leitura de modo interpretativo. Dessa forma, o alfabetizando poderá, não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra. Isso se chama “letramento”.

Ler, compreender o conteúdo, interpretar e saber discutir o assunto são características de um aluno letrado. O educador e o aluno encontram-se num processo interdisciplinar, em que o alfabetizando entende que aquilo que aprende nas aulas de Língua Portuguesa pode e deve ser usado em outras disciplinas. Exatamente por causa da falta de integração das disciplinas, é comum ouvir os alunos afirmarem que gostam mais de uma ou outra matéria. Em geral, as matérias preferidas são aquelas em que se tira as melhores notas.

O papel do professor é tentar identificar se este “não gostar” está ou não relacionado à falta de compreensão do conteúdo. Mas é preciso que não se esqueça de respeitar as individualidades de cada um. O incentivo é uma das armas mais eficazes neste sentido, pois é o combustível da vontade de aprender.

Turminha afinada

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |



Logo nos primeiros momentos de aula da capacitação do Topa/Fainor, as turmas já se sentem em casa. Pelo menos no que diz respeito ao entrosamento, as turmas se mostraram completamente à vontade com os colegas. Isso só ajuda no desempenho destes que serão futuros alfabetizadores.

Aproveite e confira se você foi fotografado em sala de aula no link abaixo:


Primeira etapa do Topa/Fainor: objetivo quase cumprido

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Estamos chegando à reta final da primeira etapa do Topa/Fainor. Foram três semanas de capacitação com 22 municípios da Bahia que enviaram seus representantes para Vitória da Conquista.

Mas o Topa/Fainor não está chegando ao fim. A jornada está apenas começando. Neste primeiro momento, os futuros alfabetizadores receberam a capacitação para atuar em sala de aula, na alfabetização de adultos e jovens acima de 15 anos. Cada um recebeu uma carga horária de aulas equivalente a 40 horas.

Na próxima etapa, que está marcada para o início de 2009, estes mesmos alfabetizadores vão retornar a Vitória da Conquista para mais 20 horas de uma nova capacitação. Desta vez, vão ser buscadas soluções para as dificuldades e percalços encontrados por eles em suas comunidades na hora de aplicar tudo o que aprenderam na primeira etapa do Programa.

Mas ainda não é hora de despedida. Ainda temos mais dois dias de Topa/Fainor para aproveitar e, além de se beneficiar com os ensinamentos transmitidos nas aulas, passar bons momentos com os novos amigos de jornada.

Encontrando o caminho

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Foram tantos visitantes recebidos pelo Topa/Fainor nesta última semana de capacitação que foi impossível não acontecer imprevistos. Mas graças à competência da equipe organizadora do Programa, tudo foi se ajeitando e, no fim das contas, deu tudo certo.

A hora do almoço, por exemplo, nos primeiros dias da semana gerou uma grande fila. Mas a criatividade não deixou barato e deu um jeitinho para agilizar a distribuição das refeições, dividindo a fila e facilitando tudo.

Confira no link abaixo algumas fotos de um dos momentos mais esperados do dia no Topa/Fainor: o almoço!


Os tipos de analfabetismo

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Não se pode generalizar o analfabetismo. Existem alguns tipos de analfabetismo, que não significa apenas que a pessoa não saiba ler e escrever. Confira:

O analfabetismo absoluto: a pessoa recebeu pouca ou nenhuma instrução para aprender a ler. Neste caso, não é a decodificação dos símbolos alfabéticos e os indivíduos não conseguem ler e escrever. Grande parte não consegue nem mesmo assinar o próprio nome;

O iletrismo: não há compreensão do que se lê. Esse problema atinge todas as camadas da sociedade e, geralmente, está ligado a um ensino falho recebido na escola. No Brasil, a falta de incentivo aos sistemas educacionais é um dos causadores do iletrismo;

O analfabetismo funcional: neste caso, a pessoa consegue ler e escrever frases curtas, mas não tem noção do seu significado. Ela sabe decodificar os símbolos, mas não o que eles querem dizer. O problema atinge 70% dos indivíduos economicamente ativos do país;

O analfabetismo tecnológico: o indivíduo não possui informações necessárias para operar computadores e outras ferramentas tecnológicas. O governo tem criado programas de incentivo para combater o problema, promovendo a chamada inclusão digital.

O Nordeste possui a maior taxa de analfabetismo do país, com quase 8 milhões de pessoas analfabetas. O Topa foi criado como ferramenta para diminuir esses números, tirando da obscuridade do analfabetismo milhares de baianos. O Programa já foi elogiado pelo Governo Federal e tido como exemplo a ser seguido por outros estados brasileiros.

Hora de descontrair

terça-feira, 9 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |



O momento do almoço não é apenas hora de se alimentar. Para quem participa do Topa/Fainor é também um momento de descontração, de bater papo com os colegas e de aliviar um pouco a correria da sala de aula. Todos os dias, essa é uma hora especial e todo mundo aproveita ao máximo.

Confira algumas fotos da hora do almoço no link abaixo:

Unesco alerta: negros, pobres e nordestinos são maioria analfabeta

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Dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco) apontam os nordestinos, negros e população de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos, como maioria analfabeta do Brasil.


A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios), através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou em 2006 que mais de 10% da população é composta por analfabetos absolutos, representando 14,3 milhões de pessoas. Na zona rural, a porcentagem é de 25% de analfabetos e que, entre os negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que entre os brancos.

Até então, os estudos revelavam que o analfabetismo vinha diminuindo no país, mas de forma muito lenta. A criação do Topa, em 2007, pelo Governo do Estado, veio como tentativa de acelerar esse processo até o ano de 2010. Assim, combatendo o analfabetismo, o Programa estará contribuindo, também, para combater a situação precária dos negros e nordestinos do Brasil, dando condições para que esta parte tão injustiçada da população tenha possibilidades reais de crescimento.

Alfabetização: um problema de todos nós

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A alfabetização não é um problema apenas dos analfabetos. A responsabilidade de quem teve melhores oportunidades na via é grande, pois o analfabetismo atinge todos os setores da sociedade, podendo ser responsável pelo atravancamento do crescimento de todos – direta e indiretamente.

É um problema a ser muito bem pensado, mas, acima de tudo, a ser considerado como de responsabilidade de todos nós.

Confira abaixo, mais um vídeo sobre o analfabetismo e pense mais sobre o assunto.

Material didático Topa/Fainor

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Em sala de aula, os participantes do Topa/Fainor estão sendo apresentados ao que há de mais recente no âmbito educacional brasileiro. Todos estão tendo a oportunidade de conhecer dinâmicas e técnicas de se trabalhar em sala de aula para que, no futuro, possam aplicar com os alfabetizandos.

Para dar suporte às aulas do Topa, a Fainor preparou um material especial que é distribuído aos participantes logo no primeiro dia de aula. A apostila, elaborada pela equipe de monitores do Topa/Fainor, está dividida em quatro áreas:

Exatas: esta parte da apostila contém exemplos de exercícios e dinâmicas que podem ser utilizadas com os alfabetizandos, de forma a dinamizar melhor e mais eficazmente as aulas;

Humanas: nesta parte da apostila, os futuros alfabetizadores têm contato com vários textos sobre cidadania, direitos e assuntos relacionados à sociedade. Além disso, textos sobre saúde e globalização são analisados e interpretados por todos em sala de aula;

Linguagem: nesta parte da apostila, são analisados os processos de aprendizados desde a infância. Além disso, são apresentadas dicas sobre língua oral e escrita, além de apresentadas idéias de dinâmicas a serem aplicadas aos grupos em sala de aula. A proposta é instruir os alfabetizadores sobre como agir em sala de aula para obter o melhor dos alunos;

Educação: na última parte da apostila, são apresentados textos sobre a relação dos educadores com os educandos. Nesta parte, também, são discutidos trechos da obra do educador Paulo Freire, grande pioneiro na educação de adultos no Brasil e inspirador das diretrizes principais do Topa. Além disso, são apresentadas novas dinâmicas para a sala de aula e textos que são analisados no processo.

Com esta base, a formação dos futuros alfabetizadores que passam pelo Topa/Fainor se torna um trabalho de excelência, com base e respaldo de educadores e profissionais renomados. É a garantia de um trabalho bem pensado, bem desenvolvido e bem executado.

Topa/Fainor – Terceira semana

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |



Apesar do frio em Vitória da Conquista, a terceira semana do Topa/Fainor começou a todo vapor. Esta é a terceira turma a participar desta etapa do programa. Na manhã desta segunda-feira, os futuros alfabetizadores tiveram os primeiros contatos com a metodologia que vão utilizar em sala de aula.

Confira no link abaixo as fotos da terceira semana do Topa/Fainor.

Enquanto isso nos bastidores

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A correria é grande. Material que chega, ônibus atrasado, turmas entrando na sala... são tantos detalhes que é quase impossível ficar parado. Assim acontece com a turma da organização do Topa/Fainor, que não sossega enquanto tudo não estiver perfeito.

Estivemos bisbilhotando a sala da coordenação a tiramos algumas fotos dessa turma. Confira no link abaixo:


Fainor na luta pelo direito da alfabetização

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Neste ano de 2008, a Fainor foi indicada para ser Unidade Formadora do Topa, ficando responsável por 22 municípios baianos das Regiões Oeste e Sudoeste da Bahia, o que significa que 1304 pessoas estão sendo capacitadas como alfabetizadores só pela universidade. Esta é uma grande conquista para a Fainor, mas, acima de tudo, um passo importante no combate ao analfabetismo em nosso estado.

Agora, a Fainor está desenvolvendo a terceira e última semana de capacitação dos futuros alfabetizadores, mas esta é apenas a primeira etapa do programa. A Faculdade reconhece a importância da participação, como Instituição de ensino superior, no combate a este problema tão sério que ainda assola o Brasil.

A representante da coordenação geral do Topa, Adelaide Guimarães, esteve presente ao Topa/Fainor e elogiou o desempenho da Faculdade no programa. Ela afirmou: “a Fainor está de parabéns. Ela tem uma infra-estrutura muito bem montada. Estou muito satisfeita com o que vi aqui”.

Com a chegada do final desta primeira fase do Topa, a Fainor tem certeza do dever cumprido e espera que as próximas etapas tenham o mesmo êxito, buscando melhorar sempre onde houve falhas e crescer ainda mais o panteão de combate ao analfabetismo no país.

Analfabetismo funcional: uma realidade que assusta

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É comum se falar na existência dos analfabetos e dos analfabetos funcionais. Mas quais são as reais diferenças entre os dois? Quais são os números deste tipo de analfabetismo no Brasil?


Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), diferente do analfabeto comum, o analfabeto funcional é aquele que consegue decifrar os sinais da linguagem escrita, ou seja, conhece as letras e, em alguns casos, é capaz até de realizar a leitura de sentenças completas. O que acontece é que ele não consegue entender o que está lendo e nem consegue criar frases escritas, por menores que estas sejam.


O Analfabetismo Funcional é um problema muito sério, silencioso e cruel. Algumas dessas pessoas conseguem chegar a cargos administrativos no trabalho, por exemplo, mas não são capazes de entender o que lêem. Quando a tarefa exige uma leitura mais profunda, como a de jornais, panfletos, livros, o problema se torna ainda mais perverso. Para muitos, é preferível receber explicações dos colegas sobre o funcionamento de equipamentos, pois não entendem o que dizem os manuais. Existem casos em que o trabalhador, por constrangimento, finge entender o que estão lendo e, mais tarde, executam o serviço por tentativa e erro, colocando em risco até mesmo a própria integridade física.


Mais triste do que essa situação é saber que este problema não é pequeno. Só no Brasil, os analfabetos funcionais atingem a marca dos 70% da população economicamente ativa. E mais preocupante ainda é saber que é possível encontrar analfabetos funcionais com formação universitária e que trabalham em altos cargos nas áreas em que se formaram. Parece improvável, mas é a realidade. Esse é o reflexo de que das distorções existentes no nosso sistema de educação.


Em 2005, o Ibope revelou que somente 26% da população brasileira é capaz de ler e escrever plenamente. Três em cada quatro brasileiros têm algum nível de analfabetismo ou analfabetismo funcional. Para combater essa realidade alarmante, é necessário que se combata com eficácia o analfabetismo. Esse é o papel do Topa/Fainor que, baseado nos postulados de Paulo Freire, defende que a alfabetização não é apenas ensinar a ler, mas a interpretar e compreender o que se lê, baseado na realidade de cada um.


Sites que serviram de pesquisa, neste LINK e neste LINK.

Até breve!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |


Nesta sexta-feira, 5, aconteceu o almoço de despedida da segunda turma do Topa/Fainor. Além de muita comida à vontade, os participantes foram contemplados com brindes sorteados entre eles, como aconteceu na primeira semana do evento.

Enquanto a próxima etapa não chega, confira as fotos do almoço no link abaixo:

Segunda turma do Topa/Fainor 2008

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Esta semana foi a vez da capacitação da segunda turma de participantes do Topa/Fainor. Em sala de aula, todos puderam receber as informações necessárias para que, no futuro, o trabalho como alfabetizadores seja desempenhado da melhor forma possível.

Confira algumas fotos da segunda turma de participantes do Topa/Fainor no link abaixo:

Mais uma semana de Topa/Fainor

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Meta cumprida! Assim é o sentimento que toma conta da organização do Topa/Fainor no final da segunda semana de capacitação destes futuros alfabetizadores.

Nesta segunda semana, os imprevistos da primeira semana não aconteceram, tornando o evento mais tranqüilo para todos. Mas, como é normal em um evento desta magnitude, novos desencontros aconteceram, mas a equipe sempre alerta do Topa/Fainor consegui contornar tudo com muito jogo de cintura e a competência que lhes é característica.

Os resto da semana correu normalmente e mais uma etapa foi cumprida no combate ao analfabetismo em nosso estado. Agora é hora de se despedir da segunda turma de participantes e começar os preparativos para a terceira e última turma desta primeira fase do Topa/Fainor.

Analfabetismo: um problema que pode ser combatido

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Todos sabem que a leitura abre portas para todos. Aqueles que não tiveram a oportunidade de ser alfabetizados na infância sentem isso na pele todos os dias. Confira abaixo um vídeo sobre este problema tão sério que já está sendo firmemente combatido no nosso país.

Mesa pronta!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |


Como aconteceu com a primeira turma de participantes do Topa/Fainor, a segunda turma também está recebendo o melhor da organização do evento. A prova disso é o momento do almoço, oferecido diariamente aos futuros alfabetizadores.

Confira no link abaixo algumas fotos:

Valorização da leitura no Brasil através do tempo

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O hábito da leitura e sua prática acompanharam a humanidade desde seus primórdios e alguns momentos marcaram a história da leitura. Na Idade Moderna se deu a transição da leitura oral para a silenciosa, estabelecendo uma relação bem mais pessoal entre texto e leitor. O segundo momento seria o do surgimento do leitor extensivo, consumidor compulsivo de diversos textos, ao contrário do que acontecia antes, quando o leitor chamado intensivo se ocupava de um pequeno número de textos que eram transmitidos de geração para geração. O outro momento, e mais recente, é o da transmissão eletrônica dos textos, quando o leitor passa a dominar a aparência e a forma como o texto se mostra na tela do computador.

A leitura silenciosa, pessoal, só se consolidou entre anos de 1750 e 1850. Neste período, cresceram o número de leitores individuais, que construíam com os textos uma relação de intimidade e pessoalidade. Os livros começam a assumir o papel de companheiro de solidão e, paralelamente, de objeto decorativo. Os sinais mais claros de poder e saber eram as bibliotecas particulares. Apesar disso se tornar uma evidência no período, a ostentação através dos livros data de antes do nascimento de Cristo. Possuir uma biblioteca particular sempre conferiu sinais de civilização, de riqueza e de vida refinada.

Considerando a literatura brasileira no começo do século XX percebe-se uma nítida experimentação pela regionalização. O positivismo, os problemas sociais, a linguagem coloquial, a busca pelos valores tradicionais pontuavam as obras dos novos autores como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Augusto dos Anjos.

As raízes da literatura infantil nacional foram plantadas neste mesmo período. Monteiro Lobato surgiu com seus personagens do Sítio do Picapau Amarelo, lançados em 1920 com o livro “A Menina do Narizinho Arrebitado”. Lobato já era conhecido através de artigos em O Estado de São Paulo, onde deu vida ao Jeca Tatu, um dos seus mais conhecidos personagens. Durante mais de vinte anos, os personagens e histórias infantis de Lobato foram o carro chefe da literatura infantil nacional.
Paralelamente, o Modernismo era a palavra de ordem. O movimento teve início com a Semana de Arte Moderna de 1922. A tendência agora apontava para o nacionalismo, temas do cotidiano das cidades, linguagem recheada de humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. À frente do movimento, estavam Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.

O Neo-realismo dos anos 30 e 40 retoma as críticas e as denúncias dos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Surgem grandes obras como Vidas Secas de Graciliano Ramos, O País do Carnaval de Jorge Amado, Fogo Morto de José Lins do Rego e O Quinze de Raquel de Queiróz e. Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles ganham notoriedade na nova poesia.
Nos anos 50, o avanço tecnológico, principalmente da televisão, começou a afastar os leitores dos livros. As crianças foram as mais atingidas. Duas décadas mais tarde, acontece um chamado “boom” da literatura infantil. Uma nova forma de se produzir o que a criança e o jovem querem ler é descoberta: a fusão de linguagens. Os livros sem texto ou narrativas-por-imagens são sucesso entre os pré-leitores.

Com a popularização da Internet, na segunda metade dos anos 90, surge uma preocupação com os destinos da leitura. Todavia, a leitura na internet é mais do que uma realidade hoje. A quantidade de literatura que se encontra gratuitamente nela impressiona, basta se saber onde e o que procurar. Vivemos em um mundo onde a educação à distância, com o uso da Internet, é cada vez mais utilizada. O necessário agora é saber alançar mão dessas novas ferramentas. O educador, agora, passa a ser um guia, papel bem mais eficaz do que o de um simples mestre.

Analfabetismo : causas e conseqüências

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Estudiosos apontam vários fatores como causa do analfabetismo. Alguns afirmam que existe um sentimento de culpa e vergonha por parte dos analfabetos frente aos alfabetizados e a exclusão deless no mundo da informação. Os analfabetos considerariam-se "cegos sociais" porque não podem decodificar o código da escrita.

Entre as causas do problema, estariam, por exemplo, o cansaço depois da longa jornada de trabalho diária, o desemprego, a falta de auto-estima dos alunos, pais analfabetos que, sem estímulo, não vêem perspectivas em mandar seus filhos à escola, falta de escolas próximas à moradia e a distância entre as cidades e a zona rural. Estes fatores acabam contribuindo apra que os próprios estudantes se acomodem em trabalhos braçais, que não exigem domínio da leitura.

Orlinda Melo, em seu texto "Excluídos, porque somos culpados", apresenta casos de analfabetos que se sentem culpados por isso, procurando então a alfabetização apra poder ler, assinar e ser visto como uma pessoa de bem porque sabe escrever. Muitas se justificam afirmando que a leitura pode levá-las a conseguir seu lugar na sociedade pelo uso de palavras mais inseridas na norma padrão da língua.


Em um país como o Brasil, a falta de perspectivas e a urgência em atender à necessidades básicas de alimentação e saúde. No país, apenas poucas pessoas entre 20 e 25 anos de idade conseguem chegar à faculdade na idade ideal. Estes e outros pontos devem ser analisados quando o assunto é a alfabetização, mas não são os últimos. Há ainda a má distribuição de renda, diferenças regionais relevantes, falta de equilíbrio entre os polos de concentração do capital e do trabalho, sistema tributário falho, sonegação fiscal intensa, sistema de trabalho informal, desemprego, contraponto entre zona urbana e zona rural, diferenças de renda definida por sexo e etnia, corrupção no poder público e privado, dentre inúmeros outros.

Que seja necessário que se aja de imediato contra os altos índices de analfabetismo no Brasil, não se discute. O que é preciso não esquecer é que a luta não termina por aí, todavia, este é, com certeza, o primeiro passo para que os outros problemas socio-culturais que vive a sociedade brasileira sejam, finalmente, superados.

Alfabetização no mundo

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A Unesco afirma que quase 80% da população mundial, entre 15 anos ou mais, já está alfabetizada. Esses números refletem uma queda linear no número de adultos analfabetos de 22,4% da população mundial, em 1995, para 20,3%, em 2000. Na prática, o número de adultos analfabetos caiu de 872 milhões para 862 milhões. Se essa linearidade se sustentar, até 2010 este numero cairá para 824 milhões (16,5% da população mundial). A Ásia e a África são responsáveis pelo maior avanço das estatísticas, apresentando, respectivamente, uma redução de 5,4% e 2,8%.

Mas os números ainda não significam uma vitória sobre o analfabetismo. Em todo o planeta, de cada cinco adultos, um ainda é analfabeto. O Fórum Mundial de Educação (Dakar) prevê que, a menos que haja uma mobilização em massa contra esses índices, até 2015 o número de pessoas alfabetizadas só aumentará em 5%.

A previsão é de que cerca de 26 países em desenvolvimento tenham chances reais de alcançar o objetivo fixado em Dakar,como a China, Indonésia, Jordânia, Quênia, Oman, Tanzânia e Zimbábue. Outros 39 países podem chegar a uma redução de 40% a 50% do número de analfabetos, como a Argélia, Bahrain, Bolívia, Chile, Equador, Namíbia, Turquia e Zâmbia. Outros 28 países,incluindo o Brasil, El Salvador, Laos, Togo e Uganda, talvez cheguem a uma redução de 30 a 40% nestes números.

Atendimento médico garantido

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008 | Seção: | 0 comentários |


Para a realização do Topa, a Fainor precisou pensar em tudo para garantir o bem estar dos participantes. Um dos pontos mais importantes é o cuidado com a saúde de todos. Assim, a universidade colocou à disposição de todos um posto para atendimentos de emergência.

Segundo Lívia Mara, enfermeira responsável pelo atendimento no local, o posto está preparado para pequenas ocorrências como quedas de pressão, mal-estar, enjôos dentre outros, que possam receber um atendimento imediato de emergência. De acordo com a enfermeira, nos casos mais graves, os sinais vitais do paciente são verificados e, nos casos em que os sintomas evoluem, o paciente é encaminhado para um atendimento médico de urgência em alguma unidade hospitalar da cidade.


Nas duas primeiras semanas do Topa/Fainor, dois casos mais graves aconteceram. Em um deles, como conta Lívia, o paciente havia feito auto-medicação antes de viajar e, como conseqüência, teve queda de pressão, náuseas e vômito. Encaminhado ao hospital, ficou em observação até se recuperar e poder voltar às atividades do Programa.

Lívia ressalta, ainda, algumas dicas importantes para quem quer evitar problemas de saúde e de bem estar durante os dias de aula do Topa. Ela recomenda que não seja feita auto-medicação, pois esta é a grande responsável pela maioria dos problemas atendidos no posto. A enfermeira afirma: “orientamos que sempre procurem orientação médica para saber a melhor maneira de estarem viajando confortavelmente e evitar efeitos colaterais de medicamentos”.

Nos bastidores

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Qualquer acontecimento esconde nos bastidores os grandes responsáveis pelo sucesso de tudo. No Topa/Fainor não é diferente. As coisas seriam bem mais complicadas se não fosse a dedicação da equipe de monitores e organizadores.

Prestamos, então, uma homenagem a estes profissionais que estão desempenhando tão bem o seu papel, fazendo do Topa/Fainor um sucesso. Confira algumas fotos dos monitores no link abaixo.

Breve história da alfabetização no Brasil

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A história da alfabetização de adultos no Brasil tem início no final dos anos 1930. Havia uma necessidade de expandir as bases eleitorais que sustentavam o governo central. Além disso, era necessário que se integrasse as massas populacionais de imigração da época e incrementasse a produção. Assim, a estratégia foi a Campanha de Educação de Adultos foi criada em 1947 e pretendia alfabetizar em três meses e realizar o curso primário completo em sete meses. Depois disso, seria feita a profissionalização e o desenvolvimento comunitário.

A Campanha conseguiu êxito significativos. Foram criadas escolas supletivas em todo o país, que contavam com profissionais e voluntários. Mas o plano começou a perder força nos anos 1950, e acabou antes do final da década, deixando apenas as escolas supletivas, assumidas pelos estados e municípios.


Todas as críticas feitas ao programa e a problemática por ele gerada levaram a uma nova visão sobre acerca do problema do analfabetismo. A principal referência, então, passou a ser o educador pernambucano Paulo Freire, que influenciou os principais programas de alfabetização e educação popular do país no início dos anos 1960.

Em janeiro de 1964, o Plano Nacional de Alfabetização propunha a criação, em todo o país, de programas de alfabetização guiados pela proposta de Paulo Freire. Mas a interferência do golpe militar acabou minando as possibilidades do projeto pois, desde então, ficou autorizada apenas a alfabetização de adultos assistencialistas e conservadores. Em 1967, o próprio Governo criou o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização).

Nos anos 1970, o Mobral atingiu todo o território nacional, durando até 1985, quando foi extinto, dando lugar à Fundação Educar, dedicada apenas a apoiar financeira e tecnicamente as iniciativas de governos, entidades civis e empresas a ela conveniadas.

Paralelamente, pequenos grupos continuaram a realizar experiências isoladas de alfabetização de adultos, desenvolvendo os postulados de Paulo Freire. Com a abertura política na década de 1980, essas experiências se ampliaram. A proposta freiriana era a de alfabetização da adultos conscientizadora: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Criticava-se o sistema tradicional que utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita.

Com esta mesma base, foi proposta a criação do programa Topa (Todos Pela Alfabetização). Implantado na Bahia, desde 2007, o Topa pretende diminuir o índice de analfabetismo no estado em 50% até 2010. A Fainor, que este ano passou a fazer parte do Programa, está realizando a capacitação de futuros alfabetizadores.