Analfabetismo funcional: uma realidade que assusta

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008 | Seção: | |



É comum se falar na existência dos analfabetos e dos analfabetos funcionais. Mas quais são as reais diferenças entre os dois? Quais são os números deste tipo de analfabetismo no Brasil?


Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), diferente do analfabeto comum, o analfabeto funcional é aquele que consegue decifrar os sinais da linguagem escrita, ou seja, conhece as letras e, em alguns casos, é capaz até de realizar a leitura de sentenças completas. O que acontece é que ele não consegue entender o que está lendo e nem consegue criar frases escritas, por menores que estas sejam.


O Analfabetismo Funcional é um problema muito sério, silencioso e cruel. Algumas dessas pessoas conseguem chegar a cargos administrativos no trabalho, por exemplo, mas não são capazes de entender o que lêem. Quando a tarefa exige uma leitura mais profunda, como a de jornais, panfletos, livros, o problema se torna ainda mais perverso. Para muitos, é preferível receber explicações dos colegas sobre o funcionamento de equipamentos, pois não entendem o que dizem os manuais. Existem casos em que o trabalhador, por constrangimento, finge entender o que estão lendo e, mais tarde, executam o serviço por tentativa e erro, colocando em risco até mesmo a própria integridade física.


Mais triste do que essa situação é saber que este problema não é pequeno. Só no Brasil, os analfabetos funcionais atingem a marca dos 70% da população economicamente ativa. E mais preocupante ainda é saber que é possível encontrar analfabetos funcionais com formação universitária e que trabalham em altos cargos nas áreas em que se formaram. Parece improvável, mas é a realidade. Esse é o reflexo de que das distorções existentes no nosso sistema de educação.


Em 2005, o Ibope revelou que somente 26% da população brasileira é capaz de ler e escrever plenamente. Três em cada quatro brasileiros têm algum nível de analfabetismo ou analfabetismo funcional. Para combater essa realidade alarmante, é necessário que se combata com eficácia o analfabetismo. Esse é o papel do Topa/Fainor que, baseado nos postulados de Paulo Freire, defende que a alfabetização não é apenas ensinar a ler, mas a interpretar e compreender o que se lê, baseado na realidade de cada um.


Sites que serviram de pesquisa, neste LINK e neste LINK.

1 comentários:

  1. Anônimo says:

    Muito bom, para todos os educadores populares que trabalham na contra mão do que propõe o ensino formal e que gera pela ineficácia multidões de analfabetos funcionais.